Jornalismo Indiscreto

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Segundo Turno: Quem ganha?



“Uma campanha sem ataques e com apresentação de propostas”. Tornou-se uma rotina ouvir essa frase dos candidatos a prefeitos de Belo Horizonte, Leonardo Quintão e Márcio Lacerda. Mas na prática, ou melhor, neste segundo turno, o que se tem visto, são acusações e trocas de farpas para todos os lados.
A política tem dessas coisas. Briga-se muito, conchavam-se muito e depois, todos bebem da mesma fonte. Substituem aquelas trocas de acusações por abraços e tapinhas nas costas.
Conheço, de perto, mas bem de perto mesmo, duas pessoas que trabalharam diretamente com o candidato Márcio Lacerda, quando este, era proprietário das empresas que dirigiu. Embora sejam ligadas à minha pessoa, só procuro escutar a opinião deles e processar em minha “cachola”.
Os dois são unânimes em dizer que Márcio foi um ótimo patrão, não só para eles, mas para os funcionários das empresas que ele dirigiu.
Ações trabalhistas existem inúmeras tramitando contra inúmeras empresas. Dizer que contra Márcio existem ações trabalhistas, é só mais uma acusação. O que não se explica, é porque a candidatura do Márcio não emplacou, embora tenha o apoio do governador do Estado de Minas Gerais e do prefeito de Belo Horizonte.

Sinal de que o apoio desses, na esperança de se formar uma aliança não tenha tanto peso político assim. Outra hipótese, talvez a mais provável, seja de que o eleitorado não enxergou nesta aliança o brilho que deveria reluzir.

Do outro lado, começou a revoada. Periquito pousou no ombro de Quintão e Jô se entrincheirou também no PMDB, trazendo consigo, outros dissidentes da ala petista também e que ela mesma disse que são pessoas guerreiras. Que lutaram contra a própria ditadura imposta pelo partido do PT, que estão sendo amordaçadas e até mesmo ameaçadas dentro do partido.

Outro aspecto relevante é o tanto que Márcio Lacerda faz propaganda contra sí mesmo, relembrando e até mesmo alertando as pessoas que não ouviram falar de acusações dirigidas contra sua pessoa. Tentando exacerbadamente usar o tempo que ele como empresário deveria saber, é precioso.

Fato é que, há treze dias da eleição, depois de já ter feito mudanças em sua equipe, não se viu significativamente mudar nada em relação à números. Quintão na frente e Lacerda correndo atrás.

O que fico pensando é que se aquelas duas pessoas que conheço e trabalharam com Márcio diretamente, falaram tão bem. Por que é que sua equipe não pegou este ponto. De tentar levá-lo mais próximo possível do povo. Para que o povo possa saber quem ele é e de onde surgiu, dando-lhe a oportunidade de dar a cara.
Como se diz: “Em política, tem que se gastar muita sola de sapato”. E pelo que se percebe, Lacerda em seu caminhar político, tem deixado um rastro imperceptível de sua persona política.
Quintão por outro lado, embora não tenha apresentado nada de concreto para a “gente” que ele diz, ao menos sabe direcionar as luzes dos holofotes refletindo a seu favor.
Escolado que é na polítca, sabe usar a sua imagem e suas aparições. Sabe valorizar o precioso tempo da mídia, aliás, diante das câmeras, se porta como um ótimo ator.

Resta saber se no dia 26 de outubro, o eleitorado vai fazer valer o seu voto, numa árdua missão de ter que escolher um entre os dois postulantes ao cargo de prefeito de Belo Horizonte. Se opta pela continuidade, se acredita nesta aliança ou se prefere a renovação e a juventude no comando da prefeitura.

Neste segundo turno das eleições, tem-se a oportunidade através dos debates e das inserções de programas políticos nas mídias, de conhecer um pouco mais a respeito das propostas dos candidatos, dos projetos políticos para sua administração, dos investimentos a serem feitos e captados, enfim, é uma oportunidade de aprofundarmos na responsabilidade que é escolher a pessoa mais coesa para administrar a capital das Minas Gerais.

Oportunidade para quem ainda não definiu o voto, poder raciocinar mais e sentir que em suas mãos, mais especificamente na ponta dos dedos, está a sua chance de se promover mudanças e não só fazer parte da história, mas ajudar a escrevê-la.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

"Segundo Turno"

Que apoio é esse ? Presente de grego...Peso como estes num palanque eleitoral, corre-se o risco de "pezar" ( Com "z" mesmo ) demais e a campanha vir a ruir.
Quem diria, a aliança sequer abriu espaço para lapidar no seu verso o nome dos três arrogantes que compõem esta aliança de gastação pública, tanto estadual ( E bota tanto nisso...), quanto municipal.
Isto é aliança forjada com dinheiro do cidadão e lapidada e imposta e cobrada dos cidadãos através dos três mosqueteiros.
As urnas eletrônicas ecoaram aos quatro cantos, a vontade de dar um basta nesta imposição. Por instantes, pensei ser um porre, este negócio de ter que ir votar, esta obrigação. Fico pensando naquelas pessoas pobres que sequer tem o dinheiro para pagar a condução, quando esta nao transferiu seu título, já que por não ter sequer condições de moradia, ficam pulando de galho em galho e se virando como podem na arte de sobreviver e bancar uma família.
Ví dessas pessoas indo ás urnas. E não pareciam estar com ar de arrependimento pelo árduo e custoso deslocamento. No semblante delas, estava estampado um ar de dever cumprido. Dever no sentido de dar respostas à esta discrepância que se viu e que se vê mais acentuadamente nesta etapa eleitoral.
As pessoas, sobretudo, como se diz o candidato que surpreendeu: As pessoas chamadas e aclamadas de " Gente ", souberam usar o instrumento soberano, silencioso, mas que a cada soar de confirmaçao do voto, não só depositaram esperanças de dias melhores, depositaram acima de tudo um sentimento de mudanças. Que sejam elas, mudanças de mentalidade por parte do eleitorado ou mudanças de administração e gestão pública.

sábado, 4 de outubro de 2008

"Corrida contra o tempo"

A estudante Kátia Regina, de 24 anos, que está fazendo o curso de Secretariado Executivo da Faculdade Newton Paiva, mora em Contagem, no bairro Arvoredo e trabalha no bairro Cidade Jardim. Ela conta que o seu martírio de encarar este trajeto, começa às 4:45 da manhã quando ela se levanta e começa os preparativos para encarar esta difícil jornada com um bom banho. Já despertada pelo banho, ela faz um cafézinho, quando dá tempo, corre os olhos na matéria da faculdade para se organizar e ver o que dá para ficar estudando no decorrer do dia.
Kátia diz que apesar do transporte público ser muito deficitário, seja nas suas acomodações ou nos horários de pico em que chega a ficar até 50 minutos esperando pelo ônibus, ela não tem como escapar. "Moro longe e não tenho culpa disso, o que posso fazer para amenizar, é colocar meu MP3 no ouvido e ir sempre lendo as matérias da faculdade. Assim, não percebo a longa distância que o ônibus percorre e o que parecia ser um tempo perdido, cerca de 1:40 minutos, consigo reverter dessa forma", salientou.
A princípio, ela não vê outra alternativa para poder encarar o que a vida lhe reservou que é morar longe, estudar e ainda trabalhar.
Raquel acha que deveria-se investir mais em transporte coletivo de massa como o metrô, já que este que está aí, atende uma parcela muito pequena da sociedade. Fato que favorece a ação de pessoas que querem tirar proveito desta situação, assim como fazem os perueiros, que colocam para rodar, carros em péssimo estado de conservação e ás vezes até motoristas desabilitados.
A estudante não nega que faça uso deste tipo de transporte esporaticamente. "Quando estou muito cansada e querendo chegar logo em casa e o ônibus demora demais a passar, entro meio ressabiada mas entro neste tipo de transporte. Apesar de inseguro, tenho que me arriscar por que logo- logo outro dia irá recomeçar", afirmou. Ouça trecho da reportagem:
jornalismo - Entrevista

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